Pensamentos em Dia!

by - 10.6.20


Julgo ainda não ter dado as boas-vindas a Junho tal como ele merece... mesmo que o faça, agora, 10 dias depois. Para mim e, tal como já havia referido por diversas vezes, este é um dos meus meses favoritos. Sem falsas modéstias ou não fosse ele, o meu mês e o mês de grande parte das pessoas que me completa e que me permite ser mais Eu.
Hoje, deixei-me dormir até tarde. Passava das dez quando decidi desviar os meus lençóis acetinados, num movimento meio lento que me fazia querer ficar mais um bocadinho por entre a calma que se fazia sentir no meu quarto. Senti que já não tinha um momento tão meu, quanto o de hoje, há imenso tempo. Alterei a minha rotina por querer aproveitar mais o tempo comigo mesmo. Ainda que, de forma meio lenta, decidi que tinha de pôr as pernas fora da cama e dar início a um novo dia. Aproveitar o sol que se tem feito sentir e que aquece a alma. Tal e qual como aquele que me acordou, hoje, ao entrar pela janela do meio do meu quarto.


Rápido desci as escadas porque a fome fala mais alto do que eu quando acordo. Preparei algo diferente e levei para o quarto. Posei tudo sobre a cama como se de um quarto de hotel se tratasse. No meu pensamento passava apenas a informação de que apenas faltam 3 dias para entrar nos 28. Abri a agenda. Não havia nada planeado para hoje, a não ser escrever esta que será a publicação do último look nos 27. Senti leveza. Percebi que podia tirar o dia para mim, tal como tem acontecido no decorrer desta semana que se avista intensa. Dei um gole no meu café e olhei para a janela. Dei por mim a sorrir por me terem passado pela cabeça uma série de memórias tão bonitas deste último ano. 


Vivo aceleradamente tal como quem devora um livro em pouco tempo. Daqueles que se lê de sorvo até à última frase. Sinto isso em relação à vida que tão fugaz nos demonstra ser. Aproveito-a. Muito. Tal como aproveito este gole de café numa chávena bege. É inegável que a introspeção desta semana - que se repete, de igual modo, no último dia do ano -, me dá a perceber o quão grato estou. Por mim. Pela vida que tenho vindo a criar. Pelos que me rodeiam e que dão a luz que preciso nas horas mais escuras. Abro a janela da gratidão e continuo, aqui, sentado sobre a cama, a escrevinhar sobre aquilo que me dá mais gosto: a vida. 

Sunnies: Vintage; Biker: Zara; T-hirt: Miss Trendy; Denim Jeans: Local Fair; Sneakers: Converse; Bag: Armani Exchange.
Falar sobre a vida será sempre como entrar na Disney. Uma imensidão de diversões que nos teletransportam para experiências depois. A moeda serve para mais uma oportunidade e, as voltas, para nos apercebermos que, muito que se gire, não se sai do mesmo sítio. A vida, de forma muito simbólica, é exatamente isso. Dá-nos a oportunidade, mostra-nos que, por muitas voltas que dê, acabamos sempre por voltar à casa de partida. Ao coração que é nosso. Ao nosso porto de abrigo. Mostra-nos o conforto mas permite-nos arriscar... como quem arrisca a andar naquela montanha russa que nos dá medo.


Movi o corpo lentamente e compus as almofadas que me fizeram sentir confortável contra a cabeceira da cama. Revi as horas no telemóvel e percebi que aquilo que não me faltava, hoje, era tempo. O silêncio que se fazia sentir na rua dava-me conta que também o sossego é confortável. E necessário. Precisamos dele para que nos possamos encontrar. E deve ter sido por tê-lo tido tanto, que, aos 27, consigo perceber o quão importante foi fechar-me numa cápsula e olhar mais para mim. 27 foi o ano feito por pessoas mas, essencialmente, foi pautado pelo muito tempo que ganhei comigo. Nas longas viagens de autocarro que fiz, nas vezes que o quarto do hostel foi, só e apenas, a minha companhia. 


Talvez tenha sido todo esse tempo que me mostrou que a melhor companhia serei sempre eu. Assim como um bom livro que nos dá tranquilidade, tanto quanto o barulho do mar, num final de tarde. É aqui que, mesmo sem sabermos, recebemos todas as respostas de que necessitamos. Sem pensarmos muito nas perguntas às quais queremos ver respondidas. Os 27 trouxeram-me a tranquilidade, a paz interior e o universo das coisas boas que, nunca, outrora, achei que fossem passíveis de encontrar. De forma demasiado orgânica sem que me desse conta. 


Terminei o café que me aqueceu a mente. E, tal como a certeza de que o acabei, insurgiu a certeza de que a entrada nos 28, será o iniciar de um novo ciclo. Para mim, fazer anos nada mais não é do que agradecer. Vou entrar nos 28 com a certeza de quem entra num jardim com flores a nascer ou como quem aprecia o pôr-do-sol. Com a vontade de querer contemplar tudo, de várias formas, até ao fim. Entrarei nos 28 com a capacidade de reflexão e com a força de querer. Sempre mais. Muito mais do que aquilo que quis até então. 


Continuarei a acreditar no tempo que, embora corra de forma muito veloz, será sempre o melhor amigo e o melhor conselheiro. Vai continuar, de certo, a dar-nos as respostas certas nas alturas certas. Será, indubitavelmente, o mentor para que tudo aconteça assim que seja possível. Trazer-nos-à a maturidade suficiente para continuarmos a acreditar. Dar-nos-à a oportunidade de aproveitarmos tudo, tal como eu aproveitei, mais uma manhã, para restabelecer energias e, acima de tudo, para pôr pensamentos em dias.  

Bom feriado!

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