Bem-vindos, 28!

by - 13.6.20


Sou do tipo de pessoas que gosta de fazer anos. Que não se importa, de todo, com o passar da idade e que agradece, essencialmente, por isso. Fazer anos é, muito mais, do que o passar da idade e do que um número que nos foi interposto pelo ano de nascimento. Ainda assim, e não desvalorizando, 92 foi a melhor colheita.
Dizia-me a minha mãe que, há 28 anos estava muito calor. Tanto calor que, antes de me ter, teve de ir tomar o seu café, vestida com uma saia e com uma camisa do meu pai. Achei piada recordar isto. Aliás, consigo, inclusive, imaginar todo o cenário. Talvez seja por toda esta envolvência que me sinto tão filho do verão. Nasci num perfeito dia de sol que é quase impossível em Junho. Pelo menos aqui. A única recordação que tenho de ter sido um dia de quase verão, foi no ano passado.


Mas, o que há-de ser tudo isso quando, neste dia, tudo o que me aquece é o carinho dos meus?! Este podia ser um dia meu. Só meu e tão meu, que não o vejo a passá-lo só comigo. Na verdade e, pensando bem, eu sou feito de tantos dos que me rodeiam e me deixam ser Eu na minha própria versão. Faço-me rodear dos que me viram crescer, dos que me acompanharam nas minhas lutas e nas minhas histórias. Só assim faz sentido!


Fazer 28 num ano tão intenso quanto este, pelo qual passamos, não é pêra doce, mas dá-me um sabor maior. Torci, durante muitos meses, para que, neste dia, pudesse pelo menos juntar toda a minha família e festejar com eles. E não é que vai ser a primeira vez que nos vamos ver, como deve ser, depois de todo este tempo?! Imaginem o quão cheio está o meu coração e o quão posso estar a rejubilar de alegria. Sempre fomos muito unidos e as vídeochamadas em tempos de quarentena, embora acalmassem o coração, nunca foram suficientes.


Os 27 só me provaram que é essencial, fundamental, fulcral dar valor aos que estão perto e aos que sempre fizeram sentido estar. Por muito que o tempo passe ou que queira afastar. Os 27 mostraram-me quem são. Os 27 permitiram-me - depois de tantas provas de fogo -, ver quem me completa e quem me faz bem. Trouxe-me, também, muita coisa mais. A paz e a serenidade que já sentia necessidade de ter há muito tempo. Trouxe-me batalhas interiores gigantescas e mostrou-me que a força que tenho é muito mais do que aquela que imaginaria ter.


Tal como referi, ao longo desta semana, precisei de parar e de ter tempo para mim. Foi necessário, tal como é sempre. De todo este processo de introspeção, descobri que podia definir os meus 27 numa só palavra, por muito clichê que possa ser. Nada mais, nada menos do que gratidão. Foi nos 27 que consegui mais coisas e que dei mais de mim. Acredito que todo este tempo seja só a prova de que, sonhar, continua a valer a pena. Os 28 serão só a continuação daqui que, um dia, decidi que queria.


Quem decide aquilo que queremos somos nós. Nada mais que ninguém do que nós próprios. Decidi que, neste 28, farei mais e melhor. Sempre e cada vez mais. Que serei sempre mais do que aquilo que algum dia quis ser. Vou continuar exigente comigo mesmo. Mas também me vou deixar aproveitar mais os momentos que a vida, tão genuinamente, me dá. Continuarei a pisar o risco mais vezes. Continuarei a mostrar o quão incrível é viver. Mas, essencialmente, continuarei a lutar por tudo aquilo em que acredito!

A vocês, que me acompanham desde os 21: obrigado!!!
Obrigado por continuarem desse lado... e por continuarem a acreditar!

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