Querido Maio,

by - 4.5.20


... escrevo-te frente à janela, ao teu quarto dia. Trouxeste-nos uma liberdade à qual não estávamos habituados mas, ainda assim, continuas a ser o mês da esperança. Um dos meus meses favoritos. Afinal de contas, antecedes o mês do tão desejoso e aguardado aniversário. Contigo trouxeste o sol, meio envergonhado, que faltava para nos aquecer a alma e para nos brindar com alegria esta nova rotina.
Creio nunca ter-te escrito, por estupidez minha. Mas achei que, este ano, faria ainda mais sentido. Possivelmente nunca devo ter-te dito, mas és um dos meus meses favoritos. Sem te fazer sentir menos prezado pelo Junho, pelo Setembro e pelo Dezembro. O ano passado, como não poderia deixar de ser, foste o mês da mudança e, este ano, espero que, como eu, sejas capaz de manter o mesmo ritmo. Permite-me só um gole do meu café, antes mesmo que esfrie, porque os dias sem café que me alimenta a energia, não se igualam. Estou pronto para ti. Para um mês pautado por recomeços e para um mês que será, certamente, o início de muita coisa boa.


Estava à espera que trouxesses um dia como o de ontem para pôr em prática aquilo que, por sorte, não perdi com o tempo: a prática para poder dar vida à roupa. E desta forma. A chegada do bom tempo permite que estejamos mais predispostos e mais libertos. Com mais vontade de encarar o gosto pela vida. Sei, Maio! Sei que devíamos ser assim sempre. Mas também sabes que é diferente. Sabes que tem um sabor diferente. Gostava de te contar umas quantas coisas que tenho rascunhadas para ti, neste mês, mas ainda é cedo. Há ideias e há vontade. E é isso que importa, não é mesmo?!

Sunnies: Vintage; Jumpsuit: Bershka; Bag: here; Sneakers: Converse.
À semelhança do ano passado, que me permitiste calcorrear e iniciar uma nova aventura na cidade das 7 Colinas, este ano também me vais dar que fazer. A quarentena serviu para me fazer alimentar de projetos e ideias e, tu, serias o mês ideal para as pôr em cima da mesa. Melhor mesmo é haver, ainda, quem acredite e quem dá alento. Quem, como nós, não cruza os braços e procura fazer mais coisas, inventar mais coisas e, acima de tudo, olhar as coisas com olhos de ver. Precisamos todos disso e, por muito que sejamos autónomos e auto-suficientes, é sempre melhor quando alguém acredita que somos capazes. Tal como fizeste comigo no ano passado.


Há quem diga que o melhor é não se criarem expectativas... mas, para mim, torna-se um bocadinho impossível. As expectativas não surgem do acaso mas, sim, do sonho. Os sonhos são importantes e ajudam-nos a projetar. Logo, criar expectativas sabendo que o não está garantido, não é tão ruim assim. Não me esqueço que me ensinaste a ser paciente ao mesmo tempo que me ajudaste a acreditar mais. E as expectativas também me ajudaram a crer e a querer ir fazendo mais do que as capacidades que eu sempre achei que tinha.


Traz-me o teu tempo, Maio, e alia-te ao meu. Traz-me a calma que continuo a sentir desde que chegaste. Permite que esta vontade de construir fique. Permite que erre mas, acima de tudo, permite-me fazer mais. Sempre mais. Porque só assim faz sentido, Maio! 

Bom mês para todos! E permitam-se fazer!

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