Sete! Sete Incríveis Anos!

by - 15.2.20


Recuamos a 2013. Recuamos a um miúdo que não se conhecia mas que sabia o que queria. Damos conta de uma pessoa repleta de medos mas com uma vontade enorme de os desbravar. Esse miúdo era eu. Sem saber muito bem para onde ia, decidi começar a rascunhar num bloco de notas todas as previsões de um projeto que, 7 anos depois, viria a ser o seu maior orgulho.
Quando digo que esse miúdo não se conhecia, falo verdade. Não sabia o que era começar algo do zero sem ter alguém ao lado, a dizer como se fazia... tal e qual como um conjuntos de pais ensina os seus filhos a dar os primeiros passos; não sabia o que era viver de certezas daquilo que queria nem, tão pouco, sabia o que era lutar por qualquer coisa que acreditasse. Afinal de contas, era um miúdo que ainda se encontrava moldado pelos padrões de uma sociedade que teimou em não o querer deixar crescer.


O miúdo, ainda assim, foi mais teimoso. Sabia o que queria e sabia que, tempos depois - desse o projeto que lhe enche o peito por onde desse -, viria a sentir-se orgulhoso do quanto foi calcorreando, meio que descalço, sozinho... mesmo que os primeiros passos tivessem sido sinuosos. Os anos foram passando e o miúdo dos sonhos foi crescendo. Mostrou-se mais ágil. Fez-se adulto de pensamento. Tornou-se autónomo. Percebeu, com tudo o que ia fazendo, que era auto-suficiente. A partilha dos pedaços que ia deixando pelo caminho - e sempre foi esse o sentido do "Pieces Of Me" -, mostrou-o ao mundo como alguém que sonha, acredita e faz. Inspirou-se na vida e, por conseguinte, fez com que tantos (ou tão poucos), se deixassem inspirar por ele. Seja pelos maus bocados por que passou ou pelo sangue na guelra que faz lembrar a importância de não baixar os braços.


Sete anos depois, olhando para trás, vejo que esse miúdo se tornou um Homem. O Homem que, diariamente, vai à luta; o Homem que não se deixou esmorecer mesmo quando A, B, C ou D lhe mostrou que não era capaz; o Homem que se tornou paciente e que passou a acreditar no valor e no impacto do tempo. Tornou-se no Homem que aprecia e que vê para além daquilo que olha. Continuou a lutar mesmo que, muitas vezes, num esforço incomensurável. Percebeu os limites que tem e aprendeu, de igual modo, a dar-se tempo. Fez pausas no trabalho pois percebeu que quando não é de coração, deixa de valer a pena. E voltou. Voltou sempre à casa de partida, ao que construiu, sobretudo, com amor.


O miúdo, que hoje em dia se fez Homem, 7 anos depois, está mais orgulhoso do que nunca. Teve quem lhe tivesse dado a mão, por diversas vezes. Precisou de pedir ajuda. Deu de si ao projeto, de corpo e alma. Rejeitou e foi rejeitado. Caiu e voltou a levantar-se qual Fénix renascida das cinzas. Em 7 anos ganhou muita coisa mas, acima de tudo, ganhou-se a ele próprio. Hoje, com rotinas diferentes, continua com o mesmo amor pelo projeto que mais o satisfaz... porque cedo percebeu que aquilo que mais importa é a realização pessoal.

Sete anos depois, sem medo de sorrir. Sete anos depois, continua a sonhar!
Hoje sabe que é importante agradecer. E agradece a todos, todos os dias, a todas as oportunidades... pelos incríveis 7 anos do seu, ainda, sonho!

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