Era sábado e, como sempre, guardei tudo para a última. A semana passada foi de bastante trabalho e uma ou outra mudança de rotina, que tão bem me têm vindo a fazer. Estava tudo planeado para rumar ao Porto, no final do dia. O quarto, para não variar, estava virado do avesso por ter fotografado por diversas vezes ao longo da semana, por ter montado e desmontado cenários para fotografar e porque a minha paciência estava reduzida a zero.

Não sou assim. Nunca fui. Mas larguei tudo conforme estava e fui. Felizmente, desta vez, fui eu a esperar pelo comboio não fosse acontecer o que aconteceu numa das minhas últimas viagens ao Porto em que tive de pedir encarecidamente que parassem o comboio quando o mesmo estava a arrancar. Até aqui tudo ok. Tinha tudo o que precisava na mala, tirei aquele cochilo básico durante a viagem e cheguei energizado ao Porto. O tempo estava convidativo para a época. Zero precipitação e a rezar a todos os santos e mais alguns para que, no dia seguinte, não chovesse.  

Ir ao Porto é querer poder aproveitar tudo. É uma cidade que me deixa algo nostálgico por me mostrar, de cada vez que lá volto, o quão bom é criarmos memórias. Mas, vá, eu também sou assim sempre. Com tudo. Em tudo. É a tal coisa de ser do signo gémeos no todo. A Nídia - que agora se mudou para lá -, já tinha planos para sábado. Aliás, já tínhamos como que um roteiro daquilo que queríamos fazer. Recebeu-me na casa nova e mostrou-me a importância de termos Amigos. Dos que recebem e que dão.

À última da hora pedi à minha avó o sobretudo do meu avô. Por incrível que pareça não tenho nenhum que seja neutro, num tom escuro. O preto que tenho é mesclado e, depois, sobra-me o camel que nem sempre fica bem com tudo. Este, em cinza, enche-me as medidas por ser vintage e pelo fit oversized. A única coisa que mudava era o comprimento... ando a sonhar com um sobretudo, literalmente, até aos pés. Assim bem comprido e largo. Tenho muito, muito que o encontrar numa qualquer loja second hand.

Dias antes, tinha feito pesquisa acerca do estado do tempo. Qual meteorólogo, qual quê. À partida não chovia. Então, ao invés de simplificar, para passar dois dias, mais coisa menos coisa, levei a mala carregada de roupa, pudesse eu ter tempo para fotografar mais do que um look. A Fátima ia connosco porque ir ao Porto e não a ver acaba por parecer médio estranho. Como se já se tivesse criado ali uma rotina bonita, sabem?! Isto do online trouxe muita coisa boa, mas o mais importante foram as pessoas que conheci e que continuo a querer no meu núcleo de amigos. Dos que fazem o mesmo que nós, dos que lutam pelo mesmo que nós e, acima de tudo, dos que partilham os momentos connosco.

Domingo, o dia em que o sol podia brilhar, decidiu que era preferível chover. Mas nem assim se esmoreceu. "Era o que mais faltava!", pensei. Sempre me habituei a fotografar em dias de sol radiante por ser mais cómodo e mais conveniente. Mas é preciso mudar a visão das coisas. E foi exatamente o que aconteceu. Encontrámos um sítio coberto, na zona das Galerias, pelo mesmo que pudesse abrigar a Nídia que estava a fotografar e eu eu a Effy lá nos desenrascávamos com um guarda-chuva transparente que ficou on point em todas as fotos.

Não sei se já perceberam, mas eu tenho vivido dentro desta sweat. Literalmente. Foi a melhor compra da vida, mesmo que tenha sido comprada durante a coleção. Quero-a em cores pastel para usar non stop na primavera. Com um biker ou até mesmo com um blusão de ganga! É extremamente confortável e, a par disso, fica bem em qualquer look... e logo eu, que era avesso máximo a camisolas com carapuço por achar que ficava estranho. Passou a ser a minha peça favorita dos últimos tempos!

Às vezes é necessário mudarmos a nossa visão e mostrarmos a nós mesmos o quão importante é vermos as coisas de uma outra perspetiva. O mood com que estamos altera o nosso dia e, por conseguinte, as nossas lides diárias. Neste sentido, devemos ver tudo pelo lado positivo. Está chuva?! Vamos enfrentá-la e tirar melhor partido dela. É chato, é. Mas não vamos deixar de viver só por causa disso. Temos uma qualquer dor?! Ok, vamos tentar solucioná-la. No geral, devemos procurar ser a resolução do problema e não o lado mais negro, porque de nada vale.

Os acessórios já os conhecem. Os óculos estão a gritar pela chegada da primavera e a mala já foi mais usada do que qualquer uma outra (risos). As sapatilhas já passaram a flor da idade mas as calças... as calças foram amor à primeira vista. Fit perfeito. Cinta subida. Xadrez em azul e branco. Miudinho. Estavam no funda banca da feira e assim que as vi meti-as debaixo do braço, não fosse alguém piscar-lhes o olho, também (risos). O irrisório? Custaram 1€!!!

Esta é uma semana muito especial para mim. Por diversas razões e prometo que vos conto tudo dentro em breve. É uma semana de festa, literalmente. Também vai ser uma semana de andar por cá e por lá! Vamos tentar rentabilizar o tempo e esforçarmo-nos por sermos sempre a nossa melhor versão. Por nós e para nós. Por, no fim de contas, é isso que verdadeiramente importa!

Uma ótima semana para todos!