3 dias em Cagliari, na Sardenha @ Itália

by - 29.1.20


Assim como referi na última publicação, fui de viagem na passada sexta-feira, com o meu primo. Fomos passar uns dias bonitos e conhecer a zona de Cagliari, na Sardenha, em Itália. A decisão do destino foi pouco ponderada. Aliás, se querem que vos seja sincero, escolhemos depois de ver uma meia dúzia de fotografias pelo Google. 
Ele queria Malta, eu queria Paris. Ambos demasiado corriqueiros, é um facto. 5 minutos depois, decidimos ir para a Sardenha porque a viagem estava bem barata. Voámos pela Ryanair, por cerca de 40€ cada um com lugares marcados, e isto de comprar viagens na Black Friday rende muito. De 24 a 27 do presente mês. A segunda viagem de avião dele, sendo que da primeira não se lembra por ter sido em tenra idade... e a aventura começou aqui. 

Sobre a Cidade
Aterrámos em Elmas, já no início da noite, a cerca de 15 minutos de metro de Cagliari, que se diz "Cálhari", a capital da Sardenha. Tal como fui relatando via instagram, é uma cidade cujas ruas me fizeram lembrar muito Marraquexe, mas num nível em que nada se assemelha. Tudo extremamente limpo. Sem lixo no chão, beatas ou dejetos de animais. Tudo muito colorido. Tudo muito como se vê nos filmes onde Itália serve como plano de fundo: as típicas varandas com flores, os típicos cafés fancy. Pessoas extremamente simpáticas, sem quaisquer problemas em deslindar o pouco Inglês que falam para nos explicar onde fica o sítio X ou Y. Uma das coisas que mais me perguntaram foi sobre o tempo: extremamente ameno. Chegámos a apanhar 21º, no Sábado, e andávamos perfeitamente bem só de t-shirt e casaco. 


L'Ambasciata, o nosso Hotel
Para vos ser muito franco, foi a última coisa com que nos preocupámos. Marcámos a viagem, passou o Natal, a passagem de ano, e só a meio deste interminável mês de Janeiro é que nos lembrámos que tínhamos de marcar Hotel. Queríamos um que fosse no centro, com pequeno-almoço incluído e, se possível, com transfer. O L'Ambasciata pareceu-nos ser o ideal porque tinha tudo aquilo que precisávamos. Havia enviado e-mail para o hotel, a confirmar o transfer e, na fé, chegadíssimos a Itália, estivemos cerca de 10 à espera do mesmo. Ninguém apareceu. Ligámos para o hotel a confirmar e não haviam tido a informação de que existia um pedido de transfer,


But, no worries. O senhor foi extremamente simpático connosco, e explicou que nunca ninguém marca tansfer, uma vez que fica muito mais fácil apanhar transportes (o metro lá é a 1,30€) que são diretos. Acabámos por ir de táxi, e deu cerca de 10€ a cada o que, também, não foi nada transcendente. Mal chegámos ao Hotel, numa das transversais principais, tudo começou a superar as minhas expectativas. O Hotel cheirava bem, o rececionista era simpático e deu-nos todas as informações necessárias sobre a estadia e sobre os pontos de interesse da cidade. 
Eu estava era curioso pelo pequeno-almoço (risos). Subimos ao quarto, o Poetto, no segundo andar (uma e única vez de elevador porque os elevadores em Itália são demasiado lentos) e percebemos que os nomes do quarto faziam jus às regiões de Sardenha, o que é super interessante! Estava tudo limpo e só lamento não ter tirado fotografia à casa de banho cujo banheira era semelhante às de hidro-massagem (#lifegoals). 


Sábado chegámos ao pequeno-almoço cedo, como todos os dias. Creio que este Hotel só peca por ter um pequeno-almoço tão cedo. É das 7:30 às 9:30 se a minha memória não me engana. Mas também acaba por ser preferível porque nos faz render imenso o tempo. Há leite, café, capuccino, chocolate quente, café americano, chá, sumo e tudo aquilo que possam imaginar. Também havia o expresso que me fazia acordar como nenhum café em Portugal faz. Pão, queijo, fiambre, salame, manteiga, tostas, croissants, uma variedade exorbitante de doces, tostas, cereais, bolachas e iogurtes. No fundo, tudo aquilo que vocês precisam para enfrentar um dia a calcorrear a cidade.


Pontos Turísticos de Interesse
O meu primo é arqueólogo e só foi ao chegar lá que percebi a surra de coisas novas que ia aprender. "Cálhari" vive de achados arqueológicos e foi muito bom tendo em conta que nunca havia feito nenhum viagem mais voltada para a vertente cultural. Há imensos museus espalhados, todos muito perto uns dos outros e imensas igrejas para visitar. Os preços vão variando consoante as idades o que também acaba por ser benéfico. O máximo que pagámos foram 3€. 


Começámos por visitar o Museu Arqueológico Nacional, bastante interessante e com imensos achados arqueológicos que dificilmente se encontram noutros sítios. O mais interessante: têm réplicas de peças que podem ser tocáveis o que também nos permite ter outra percepção sobre o assunto. Nesse mesmo sítio encontram o Museu Etnográfico e o Museu de Cera Anatómica que, com muita pena nossa não conseguimos visitar. À saída, visitámos a Vila Romana di Teglio no meio da cidade (talvez o sítio mais pobre a nível de informação que vimos) e passámos pelo Anfiteatro Romano que, embora visitável, estava em obras. Por essa mesma razão, acabámos por ir calcorrear mais a cidade. A visita de sábado terminou com uma ida à praia e com quase 30km nas pernas que nem foi bonitos (risos). 


No domingo fomos ao Palazzo Regio que foi dos sítios que mais de desiludiu. Supostamente era o Palácio do Rei e, embora muito bonito - com toda a decoração e envolvência histórica -, achei que fossemos ver mais coisas. O palácio é só composto pela Assembleia Municipal e duas outras salas todas elas muito fancy (risos). A casa de banho era linda de morta, mas fiquei com pena de não haver o quarto dos reis, sabem?! Tal como nos filmes. Daí fomos ao Bastione di Saint Remy com um roftop fabuloso sobre a cidade tal como podem ver aqui e aqui. Descendo toda aquela escadaria, vão encontrar um outro museu que, embora mais pequeno e só mesmo ligado à parte das fortificações vale a pena conhecer. 


Se eu achava que já tinha levado surra de história durante quase dois dias, eis que o meu Primo descobre o Museu do Tesouro e da Área Arqueológica de Santa Eulália... aí, sim, a maior surra de história até 2050 (risos). Dos melhores e mais completos museus que visitámos por 2€, malta... Foi-nos dado um tablet, no início da visita, com todas as informações e áudios para que nos pudéssemos inteirar mais sobre o espaço. O guia, o senhor Massimo, foi fabuloso em termos de explicação e contextualização. Após a visita à área arqueológica, levou-nos a ver os tais tesouros, muito ligados à parte católica da região. Ele era quadros pintados à mão, coroas de santos, ornamentos de Eucaristia, estátuas, peças de roupa dos padres bordadas a ouro, prata e com pedra preciosas. Fiquei, genuinamente, de queixo-caído!


Os sítios onde vale a pena comer!
Comer em Itália é zero difícil e vão encontrar sítios com uma variedade cultural gigante. Há comida indiana, chinesa e japonesa. Têm McDonald's, também. Embora tenhamos visto imensos sítios com imenso bom aspeto, optámos por comer em restaurantes mais típicos onde a carta não nos levasse um rim. Chegámos à conclusão de que a comida em Itália não é assim tão cara quanto dizem. A nossa refeição mais cara foram cerca de 12€ cada um, portanto exatamente igual aqui em Portugal.


Estreámo-nos no Bria restaurant e acabámos por nos fidelizar. A comida ótima, com a melhor pizza que já comi em 27 anos de vida (risos). Espaço bastante acolhedor, sem filas de espera, com esplanada. Relação qualidade-preço ótima e foi aqui que provámos, pela primeira vez, as Birra, que mais não são do que cervejas locais. Experimentámos a pizza, como vos disse, com um tamanho quase familiar e um prato de carne para duas pessoas. Também experimentámos as fatias de pizza recheadas que, embora possam parecer pequenas, enchem bastante o estômago. 


Comemos as melhores saladas da vida no Locada Caddeo, na marginal e, fun fact, ao acederem à internet vão receber mais comida... à borla! (risos). Recebemos o prémio por e-mail e só o levantámos no dia da viagem de volta (porque lá voltámos). É um prociutto (fatia de pizza quadrada) à escolha. Serviam-nos sempre de entrada pequenos quadrados de pão tostado com orégãos que eram só maravilhosos! E experimentámos massas incríveis no L'occa Bianca, mesmo, mesmo ali ao lado do hotel. O pão que nos serviram de entrada era mais salgado que o habitual mas conseguiam sentir o sabor da massa!! Era bem leve! 


Também devem ter em consideração...
Ao domingo está quase tudo fechado a nível de comércio e, o que está aberto, abre relativamente tarde. Se num café pedirem um copo de água, a mesma é de pressão e pagam mais 0,60€. As garrafas de água são em pacotes que fazem lembrar os sumos Compal ou os pacotes de vinho para culinária. O italiano não é assim tão complicado quanto isso e, fazendo junção de palavras e algumas associações, conseguem perceber o que eles dizem. 


Vão perceber que encontrar uma gelataria não é assim tão fácil quanto isso... pelo menos uma gelataria a sério. Comemos um gelado fabuloso, artesanal, na Cremoso e, depois de tanta procura, não podíamos ter escolhido melhor. Mesmo que não sejam apreciadores de café, pelo amor da Santa, tentem beber pelo menos para perceberem a diferença. É maravilhoso. Torrado, cremoso, intenso. Acho que, tal como a pizza, vai ser difícil habituar-me ao café daqui, mesmo que tenha pago quase tanto por cafés como pelas garrafas de água, cerca de 1,30€/1,50€. Vale mesmo, mesmo a pena!!!


 Podem comprar em...
Há imenso comércio local. Lojas e lojinhas de indianos, imensos quiosques espalhados por tudo quanto é sítio. Encontram lojas como Benneton, Zara, Mango, Kiko, Triumph, Trussardi, Wikon, com peças que não vêm neste género de lojas em Portugal. Tudo na zona alta e mais nobre da cidade. Os sovenirs podem comprá-los na zona da Marina, onde encontram o shopping Rinascente. O Rinascente está para Cagliari como o El Corte Inglês está para nós. Aliás, tudo lá é igual ao El Corte. Até as cores e as estruturas. Encontram Tommy Hilfiger, DKNY, Calvin Klein, Armani, Chanel, tudo o que possam imaginar. Depois denta busca, foi lá que fiz a minha melhor comprar nos últimos tempo e que vos mostrei hoje no instagram!!!... e mais não digo!


Itália conquistou o meu coração, absolutamente. E quero muito conhecer mais. Itália tem gente muito bonita, tem um estilo de vida com o qual me identifico. Sente-se a tipicidade local e tem história sem fim. Também fiquei com imensa curiosidade em conhecer Cagliari no verão e banhar-me naquelas águas cristalinas!!! Se nesta altura do ano o tempo era ameno, no verão deve ser magnífico!!! Não digo que quero voltar já, porque há imensos sítios ao redor que quero conhecer, mas um dia mais tarde, não me escapa!!!

Que tal acharam este roteiro? Ficaram com vontade de lá ir?

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