Dezembro é, por norma, um mês totalmente dedicado à introspeção. Não me perguntem porquê ou como ocorre. Assim que se começa a aproximar o fim, parece que o meu botão liga. Liga a minha ansiedade, liga a minha vontade de que Janeiro chegue e liga o meu lado mais emocional. É absolutamente normal e, no fundo, já me devia ter habituado a isto.

Encaro todo este processo como uma ótima terapia. E julgo que é um processo pelo qual todos devemos passar. Não num nível tão afincado quanto eu. De todo. As devíamos parar um bocadinho e fazer uma reflexão. É importante fazê-lo por diversas razões: primeiramente, para percebermos se há problemas que tenham necessidade de uma revisão; de seguida, para percebermos o que foi feito, o que é necessário melhorar e o que há para fazer; e, por fim, de modo a que consigamos arranjar estratégias e soluções. Mesmo que longínquas e mesmo que, hipoteticamente, impossíveis... fazendo a ressalva de que nada - mesmo nada -, é assim tão impossível quanto isso. 

O Josué comentou que a Cláudia tinha um biker prateado, que ele lhe havia dado. Isto, num dos fins-de-dia aleatórios que tive com o Josué. Por norma, são dias de passeio, lá pela cidade das Sete Colinas. Com imenso sarcasmo e conversa com conteúdo à mistura. Com muita vontade de prolongar as horas e de que os cafés se tornem abatanados de tão cheios que são. Era isto semana sim, semana sim. Parece que as conversas com ambos eram intermináveis e que havia sempre qualquer coisa que nos fazia ver o quão diferentes mas o quão conectados estávamos e, felizmente, estamos. 

Contudo, na altura em que ele me conta isso, o meu cérebro foca no metálico e engendro um hipotético look que pudesse vir a fotografar caso lhes usurpasse o casaco (risos). Semana seguinte, pedi o casaco emprestado porque isto de trabalhar com moda está muito na base dos empréstimos. Sem julgamentos. Sem culpas no cartório. A Cláudia trouxe-o e não podia ter ficado mais satisfeito. É tão mas tão bonito. E resulta tão mas tão bem!!! O ar vanguardista, moderno e tão cheio de estilo...

Do tanto que este ano foi para mim, faço questão de o imortalizar. Fiz questão de imprimir umas quantas fotografias e de escrever umas quantas notas soltas. Não partilho por me dizerem tanto e por fazerem sentido em todo este processo. Não tem problema se, atualmente, já não fizerem sentido mas, o que é certo, é que fizeram parte da evolução. Olhando para trás, só posso estar grato de tudo o que me foi dado seja pelo universo, pela força superior suprema, pela luz.

 Se existe peça com a qual me sinto sempre - e quando é sempre, é sempre mesmo! -, confortável, é com golas altas. Não dispenso. Não troco por nada. Talvez tenha sido por isso que a minha coleção tenha aumentado a olhos vistos nestes últimos invernos. Opto por comprar na Lefties, as cores mais básicas. Esta, no caso, é de lá e já deve ter cerca de 2/3 anos. Mantém-se impecável mesmo em termos de cor. E, convenhamos, preto é aquela cor que fica sempre bem e que dá "o" ar.

Vou reservar a semana seguinte ao Natal para me dedicar às publicações de ano novo e para criar toda a minha lista de resoluções. Tenho sempre a de 2019 ao lado, de modo a ter noção do que já consegui, aos poucos, realizar. Este é um exercício que vos faz manter o foco, sabem?! Tenho, em lista, resoluções de há cerca de 3 anos e isso não me incomoda minimamente. Só me dá mais vontade de as voltar a escrever novamente e descobrir estratégias de as alcançar. Encarem as não realizações como um teste. 

Não só um teste à vossa paciência como, fundamentalmente, à resiliência.  Vamos focar no positivo, no que, efetivamente, queremos... lembrando que a vida é volátil, que dá muitas voltas e que nos permite um sem-fim de soluções para os problemas. Acredito que 2020 nos trará, a todos, muita coisa boa se o encararmos com olhos de ver. Não percamos tempo nem baixemos os braços. Vamo-nos permitir a fazer mais e a dar mais. Vamos rir mais, também. Vamos só deixar fluir. O resto o tempo vai trazendo.

Disse no instagram e faço questão de repetir aqui... e digo, também, mais ou menos o que o Josué me disse quando me fotografou "pronto, agora que tens uma mala nova, não a trocas mais". É um facto! (risos). Às vezes parece que tenho um bloqueio mental e, acima de tudo, quando idealizo uma coisa - como foi o caso do look -, não consigo mudar de ideias. Voltei às botas cowboy, com a minha última e mais recente compra. São Bershka e não podia ter ficado mais satisfeito assim que as recebi em casa, pouco tempo depois. Só me apetece levá-las para todo o lado e só não as levo com medo de estragar (vocês já me conhecem!!).

Que estas últimas semanas do ano sejam semanas de luz e que nos permitam aproveitar o melhor da vida. Espero, genuinamente, que encontremos a paz e tudo aquilo de que necessitamos para terminar o ano em beleza. Sem rancores ou ressentimentos. Apenas com energias positivas.