Atelier Styling Project: o Backstage da Prova Final
É nestas alturas que gostava de ser menos melo-dramático ou, de certo modo, ter o lado emocional menos ativo. Ingressei no curso de Styling & Image Consultant em Maio, no Atelier Styling Project by Pedro Crispim com muitas expectativas. Lembro-me de chegar a Lisboa e tudo ser um mundo novo. As pessoas. As coisas. Os espaços. A confusão. Mas fui. Com medo do desconhecido mas com uma vontade de aprender imensa.
Nisto - num abrir e fechar de olhos -, volveram-se 7 meses. 7 meses de um mundo novo e de uma etapa recheada de ensinamentos e experiências. Antes mesmo de começar o curso, e de sequer pensar que um dos meus sonhos se realizaria anos depois, havia falado com o Pedro, que já me seguia há algum tempo, sobre o mesmo. Quis perceber como é que tudo se processaria e de que forma é que o curso me poderia trazer frutos. No fundo, tinha comigo a ânsia de estar na área que melhor me complementava e que mais feliz seria capaz de me fazer.
Lembro-me, perfeitamente, de subir as escadas do Atelier, na Avenida da Liberdade, e encarar o Pedro. O Pedro!!! Em carne e osso. Lembro-me, de o ver sorrir com os olhos, como sempre faz. Também me lembro do abraço com que se despede e com o mesmo que nos abre aquela porta. Fez-me sentir em casa e fez-me ver, ao longo de todo este tempo, que falamos a mesma língua e que as nossas histórias sempre se cruzaram. A conexão de quem sente que podemos conhecer a pessoa há largos anos, através de meia dúzia de palavras.
A Prova Final foi culminar de todos este ciclo e prometi a mim próprio que seria só o início do fim. Toda a SPTeam estava em Paço de Arcos, no estúdio do Carlos (o fotógrafo), à espera da avaliação final. Esperava-nos, também, a incansável Inês Botas, quem tratou da maquilhagem e dos cabelos e que satisfez todos os nossos pedidos. Estava a Lúcia Garcia que posou para todos nós. E o mentor: o Pedro Crispim que "brincou" aos modelos por um dia, como ele diz.
Havia roupa, acessórios e calçado à disposição. Inicialmente seríamos nós a fazer shopping para a sessão. Contudo, uma vez que os showrooms já se encontram com as coleções de verão, o Pedro tomou as rédeas e lançou-se ao shopping. Pôs-nos à disposição uma panóplia de roupa, acessórios e calçado. Havia Zara, Kiabi, Golden Bloom (da Lúcia Garcia) e outras tantas. Também havia calçado, da Patrícia Henriques Shoes, porque o que é nacional é bom! A Cláudia levou a sua primeira coleção (e o quão orgulhoso eu fiquei por isso!) e o Josué levou umas quantas peças do Filipe Faísca.
Todos nós já levávamos uma ideia pré-definida. Ainda no decorrer do curso, nas últimas aulas, o Pedro pediu que fizéssemos um moodboard, através do qual nos deveríamos guiar. A ideia era a de expormos a nossa essência. Desse moodboard, havia temas que se poderiam cruzar, como o caso do Josué e do Miguel Filipe. Houve quem optasse por algo mais dramático, como a Manu e quem apostasse em editoriais focados na alta costura como foi o caso da Helena. Eu foquei-me nas sobreposições, nas texturas e no lado mais ligado ao street style.
Soubemos trabalhar em equipa. Fomo-nos ajudando, aqui e ali, naquilo que era possível. A azáfama era alguma. No fundo, ninguém estava bem ciente de como seria. E o desafio estava aí. Gelámos quando nos foi dito que o Pedro e a Lúcia seriam os modelos das sessões fotográficas... por já terem vestido tudo e mais alguma coisa. E o desafio também estava neles. Conseguiram ser camaleónicos o suficiente. Encararam a sessão de cada um. Deram o melhor que podiam. E foram sempre tão eles. Tão genuínos!!
O resultado final chega em breve. Não dou spoiler nenhum acerca daquilo que criei. Se me conhecerem bem, conseguirão descobrir. Confiei no trabalho do Carlos - e podem ver a minha cara de felicidade retratada na primeira fotografia da publicação -, e confio, de olhos fechados, nas escolhas do Pedro em relação às fotografias. Estou ansioso e quero fazer posters para pôr no meu quarto... até porque há coisas que devem ser eternizadas e, esta, é uma dela.
Sempre disse que o Pedro sorria com os olhos. E a prova está aqui. Não tenho dúvidas de que se orgulhou do trabalho que todos fizemos, de acordo com os ensinamentos que nos foram dados ao longo deste tempo. Ele sabe, mas não me canso de dizer o quão grato lhe estou. Mudou a minha vida e, indo mais longe, talvez me tenha mostrado que o avesso é lado certo. Deu-me a mão. Bateu-me nas costas e fez com que me sentisse tão, mas tão, realizado. Tornou o meu sonho realidade e isso será, eternamente, impagável.
A ele. Aos meus colegas. Ao bom que Lisboa meu. O meu maior obrigado!
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