I'M READY FOR YOU, 2021.
Faz demasiado tempo que não me sentava a escrever mas, julgo, que não podia terminar 2020 sem voltar à casa de partida e ao sítio-coração. Terminamos hoje um dos anos mais velozes de sempre e aquele que, à partida, nos tirou mais do sério. Ainda assim e, fazendo uma pequena pausa para olhar para trás, percebo que não foi, de todo, um ano tão péssimo quanto isso.
2020 provou-me muita coisa e coloriu-me a vida em tons diferentes daqueles a que estava habituado. 2020 foi o ano de crescimento pessoal; de teste à paciência; de resiliência mas, e acima de tudo - creio, até, mais importante -, foi um ano pautado por pessoas. Hoje, ainda sinto falta do abraço e do calor dos que fizeram os meus dias sem que tivesse de pedir. Sinto falta de conviver sem medos. De sair sem medos. Contudo, tenho tudo isso no melhor espaço que podia ter e guardo as melhores memórias que me acalentam e me aquecem para que não me esqueça de quem tenho de abraçar assim que me seja possível.
2020 mudou e moldou-me. Deu-me tudo aquilo que precisava e, até, um pouco mais. Deu garra para enfrentar este novo ano da forma que eu menos esperava. A pausa fez com que me encontrasse e com que encontrasse o caminho certo. Parei vezes e vezes sem conta. Respirei fundo. Mostrei-me consciente e focado naquilo que queria mesmo que 2020 me tenha rasgado o papel dos desejos que queria ver cumpridos. Não os cumpri a todos, mas fiquei com o sabor doce de que os hei-de cumprir a partir de amanhã. Vi portas a fechar. Várias. Mas do tão bom que é viver, olho e percebo que as janelas continuam abertas. Viajo sem medos. Pé ante pé. Sem ressentimentos por tudo aquilo que não fiz. Afinal de contas, tudo vem e tudo vai no tempo certo.
Mantenho a alma de festa. Mantenho a vontade de querer correr mundos e fundos. Mantenho a sede de querer, de fazer e de viver. Mantenho a vontade de realizar, de ir e de aprender. E é, tão deste jeito, que pretendo voltar a encarar a nova passagem de ano. Afinal de contas, o melhor estará sempre à nossa espera e, acredito, que esse melhor estará reservado para nós. Somente para nós e para aqueles que, connosco, queiram seguir viagem.
Agradeço-te, 2020, mas tenho vontade de agarrar 2021 com o máximo da força que tenho...
e mesmo que ela me falhe, sei bem das voltas que a vida dá.
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