Estive presente na XXIV Gala dos Globos de Ouro e muito atento à passadeira vermelha mesmo que carregado de alguma ansiedade. Sobre o meu fato falo em breve, com mais calma, numa publicação dedicada ao dia que foi pautado por muitos nervos à flor da pele. Para hoje, os 4 melhores looks. Os que me saltaram à vista e que, do meu ponto de vista, vieram provar que a passadeira vermelha é muito mais do que vestidos armados e esvoaçantes.

Vestida por Tiago Filipe Baptista com um vestido Stephane Rolland, a Diana Chaves arrasou na passadeira vermelha. Fiquei atónico quando a vi ao vivo e quão conseguiu deslumbrar com um dos melhores vestidos brancos da noite. A nível de styling estava perfeito. O vestido é digno do evento em questão. Dá forma ao corpo mesmo que com a assimetria da genial manga. Do pormenor do ombro à mostra com o aplique às transparências, tudo encaixa na perfeição. Os acessórios são ideais porque, sendo minimalistas, não fazem barulho visual. Irrepreensível, diria eu. 

Em Gonçalo Peixoto, Raquel Strada fez com que eu estivesse a viver para este vestido. O tecido acetinado é só dos meus preferidos para este género de ocasiões. A cor condiz muito (mas mesmo muito) bem no tom de pele dela. A Raquel prima por ter um estilo que ronda a vibe mais vintage e acho foi isso que fez com que o vestido resultasse tão bem. A volumetria da manga e o pormenor dos botões conferem, precisamente, esse toque vintage e não podia ter sido melhor conciliado com o modernismo da racha. Maquilhagem on point - talvez tivesse dramatizado menos o olhar -, e um ar angelical ao pisar a red carpet! 

É muito pouco provável que, numa red carpet, se vista preto. A maioria das mulheres, no caso, opta por vestidos com mais cor e, no fundo, com mais pompa e circunstância. No entanto, a Mariana Monteiro, provou que, com um vestido preto, nunca me comprometo. Arrasou em Carolina Machado, num vestido com garra. É um vestido digno de passadeira vermelha e que prima pela forma como foi construído. Desmistificou os decotes profundos e deu provas de que as costas podem, efetivamente, ser um ponto foco. Não trocava nada. Nem as sandálias que me parecem ser YSL. O brinco em forma de lágrima num apanhado intemporal, fez com que houvesse uma harmonia imensa. 

Gosto de pessoas que desconstroem e, no meu modesto entendimento, a última gala dos Globos de Ouro provou, de forma evidente, isso. Longe vai o tempo em que as red carpets se rendiam aos vestidos longos e voluptuosos. A Isabela Valadeiro, neste mesmo sentido, fez jus à desconstrução ao usar um set da IMAUVE. Um total white com um Blazer-Kimono e uma saia com duas rachas, num tecido leve, fez as delícias de quem vê a moda com outros olhos. Contrastou com umas sandálias dourado, que resultaram muito bem, e umas jóias e um penteado que lembram os anos 80. A simplicidade faz a diferença!

Qual o vosso preferido?