Golden Dream

by - 24.9.19


Tenho uma coisa para vos contar. O segredo está guardado, bem guardado, desde dia 5 de Setembro. Quando, aqui há atrasado vos disse que tinha algo para vos contar, sabia que não podia fazê-lo de imediato. Preferi não contar, com medo. Medo de alguma coisa pudesse, efetivamente, correr mal. Fiz jus à célebre máxima de "o que ninguém sabe, ninguém estraga!"
Sou cada vez mais crente de que as coisas têm um tempo certo para acontecer e que tudo nasce quando sonhamos. Floresce quando damos mais e mais de nós e tudo é colhido na altura em que tem de ser. Sonhei com isto, que vos vou relatar, durante muito tempo. Talvez uma vida. A televisão sempre foi, para mim, um verdadeiro sonho. Quase como algo inatingível. Entretanto e, mesmo que de uma forma vagarosa, cheguei lá e por lá me fui mantendo muito fiel àquilo que sou. Sem máscaras e coisas desse género.


Comecei no Tesouras e Tesouros em dezembro do ano passado e fui-me mantendo, mensalmente, até julho deste ano. 7 meses intensos a nível de jogo de cintura para conseguir conciliar tudo e para não me perder no meio de tudo isto. Durante esse tempo fui ganhando um maior à vontade e fui perdendo o medo que tinha de falhar. Deu-me muito estofo em relação ao que se passava a nível interno e uma maior margem de manobra para conseguir encaixar-me nas diversas situações. Depois de me ver na televisão, achei que era estanho. Um misto de sentimentos entre o "o que é que eu faço ali" e "meu Deus, estou mesmo lá".


Mesmo sendo filho do verão, já sentia algumas saudades de vestir peças mais outonais e de tornar os coordenados mais completos. Confesso que o blazer - o tal blazer que raramente largava o ano passado -, foi a peça-chave. Continuo fã da estrutura, do estilo oversized e, essencialmente, do padrão e jogo de cores. O verão é muito propício a que use mais peças brancas e, por isso mesmo, nesta fase de transição o uso de cores será uma constante.


Para muitos pode parecer futilidade, algo que não acrescenta nada a ninguém mas, para mim, continuou a ser o processo de todo um sonho. Também podem ler estes vários excertos com a sensação de que me estou a fazer mais do que aquilo que sou por ir à televisão quando calha ou por ter vindo a ter, ao longo destes anos, várias oportunidades nesse sentido. Só ninguém sabe o esforço, a dedicação a que me entrego a qualquer que seja o projeto. A recompensa - que para muitos também não pode significar nada -, veio tempos depois, como tudo na vida.

Blazer, T-shirt, Shoes: Zara; Pants, Bag: Local Fair; Sunnies: Max Mara
Nunca mais me vou esquecer disto na vida. Era 5 de setembro. Estava a trabalhar e a colega em questão, que é mais do que uma amiga - e se ela ler isto certamente sorrirá -, estava na pausa de almoço. A loja estava com clientes e vejo a minha mãe entrar na loja meio que apressada. "Pega, chegou isto agora e decidi vir entregar-te. Abre que eu quero ver!". Esta é a minha Mãe, a fiel seguidora, a que está lá em tudo. Trazia com ela um envelope dourado e, a partir do momento em que entrou, passou-me tudo pela cabeça. Vi o destinatário e a simbologia do envelope. Fiquei sem chão.


Esta camisola tem uma história e tanto: segunda-feira passada, cumprindo com a minha rotina Lisboeta, depois de almoço fui à baixa "lavar as vistinhas", como sempre faço. Entrei na Zara, peguei nesta t-shirt e achei imensa piada. Fui embora, de mãos abanar. Fiquei a pensar nela. Terça-feira, com a desculpa de ter umas coisas para fazer na baixa, experimentei. Torci o nariz ao preço e acabei por publicar uma fotografia no stories. Deixei-a lá de novo. Depois do almoço, evidentemente, tive de a ir buscar (risos). Tenho a desculpa de não ter uma t-shirt assim... mais justinha, malha canelada, meia gola.


Para verem como as coisas são, já havia comentado com amigos e pessoas conhecidas  de que "só me faltava mesmo ir aos Globos de Ouro!". Muitos se riam de nervoso por mim e muitos disseram para tirar o cavalinho da chuva porque é muita gente a trabalhar na SIC, é muita cara conhecida e os convites não podem ser entregues ao Deus dará. Até já me tinha esquecido do assunto, para vos ser sincero... até àquele dia. Até ao dia 5 em que a minha Mãe fez o favor de, uma vez mais, estar presente num dos momentos mais importantes da minha vida... como bem faz.


Assim que me passou o envelope para as mãos, comecei a tremer por tudo quanto era lado. Chorei de alegria. Fiquei mesmo arrepiado. Não sei, muito bem, em que se focam para enviar convites, já que é a muita gente envolvida. Mas, no meu modesto entendimento, sinto que foi uma recompensa e uma forma de me fazer ver, uma vez mais, que a vida nos presenteia quando menos esperamos. Senti um orgulho enorme em mim, como já não sentia há muito tempo, sabem?! Uma espécie de reconhecimento. Seja pelo que for.


Quis dar um ar street style ao coordenado, como já é costume, com um apontamento moderno: os óculos que me enchem as medidas por completo. Vesti as minhas jeans brancas, de cintura bem subida e calcei os meus sapatos. Finalmente (shame on me), ganhei vergonha na cara e troquei de mala. Até a minha mãe deu conta (risos). Achei que esta mala estruturada era a que melhor se enquadrava no resultado final pretendido. E ficou exatamente como queria.


Depressa tirei foto ao envelope e enviei para os amigos mais próximos. Emoldurei-o, evidentemente, e pendurei no quarto. Liguei para o contacto que estava no envelope a confirmar. Entretanto tratei de todo o fitting - e graças ao universo há pessoas que Lisboa me trouxe que me deram a mão -, e já levantei os bilhetes. Conto-vos hoje porque só queria contar depois de ter tudo na minha mão. Aguardo, ansiosamente, por domingo. O dia D. E não podia estar mais feliz. De verdade.

Nunca deixem de acreditar nos sonhos. Na vida! Nunca!

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