Ah! Vá, Relaxa!

by - 21.10.19


Dei por mim, nesta última semana (a de férias), a ler um livro de bastante interesse que me tem feito ver um outro lado da vida. Sou extremamente fã de livros de auto-ajuda que permitem que a pessoa não tenha uma mente tão quadrada em relação aos assuntos, aos problemas, à vida, no geral. Parecendo que não, faz toda a diferença ler perspetivas diferentes, de diferentes pessoas, mediante exemplos que, nem sempre, são tão triviais quanto isso. 
"A Arte Subtil de dizer que se F#da!", é um como que um mantra. Nem sempre conseguimos estar cientes de que a vida é muito mais do que aquilo que pensamos e que, a dada altura da mesma, vamos passar por situações que carecem de um maior cuidado. Vivemos descontentes e em espiral o tempo todo. Ora porque estamos felizes e achamos que não merecemos a felicidade; ora porque queremos mudança e não nos predispomos a tal; ora porque conseguimos alcançar um certo patamar e não o aproveitamos ao máximo por achar que vamos cair a qualquer momento. Somos muito inconstantes e deixamos que a vida nos consuma mais do que aquilo que seria de esperar.


Por tudo isto, acho que está na altura de aplicarmos mais, ao nosso interior, o "Ah! vá, relaxa!" por ser tão importante estarmos conscientes de que, na vida, só vamos resolver um problema quando encontrarmos outro. E assim sucessivamente. Não há mal em termos problemas, nem há mal que um problema se sobreponha ao outro. O mal, no caso, será o de não nos mostrarmos predispostos a jogar as cartas na mesa e tentar resolvê-lo. Não nos fechemos em copas. A partilha é importante. Cada problema é um problema, é um facto, mas, na grande maioria das vezes, esse problema já terá sido um problema de uma outra pessoa.


Estava ansioso por fotografar e acho que já não o fazia com tanta vontade há muito, muito tempo. Estes dias em Lisboa, na semana de Moda, fizeram-me querer apostar mais nisto. Inspirei-me muito. Deixei-me levar por tudo aquilo que havia por viver e trouxe comigo uma bagagem enorme de coisas que, efetivamente, me dão interesse. A moda, será sempre uma delas por saber e sentir que é um mundo infinito e que, no fundo, poderá mudar a forma como nós nos vemos. Porque isso também é muito importante!!!


Do que não tinha saudades era do frio. Credo. Não havia necessidade. A única coisa boa é poder abrir o roupeiro e poder soltar os casacões que estão perdidos por lá. O trench, no caso, foi o primeiro a sair. É uma peça intemporal que convém (convém mesmo!), ter por perto. É um agasalho, é impermeável e vai bem com tudo em qualquer altura. Encontram facilmente nas lojas. Ou, se preferirem, em lojas slow fashion. Com uma sweat por baixo num look mais descontraído ou com uma camisa, como no caso, para um coordenado mais composto. Pouco se erra com um trench, acreditem.

Trench Coat: no brand; Jeans and Shirt: Zara; Belt: Parfois; Boots: Vintage Store; Bag: Local Fair; Sunnies: RayBan
Voltando ao cerne da questão: acreditem ou não, é necessário um enorme gingar mental para que consigamos atingir a plenitude do "Ah! Vá, relaxa!", por não ser fácil, de todo, assumir que temos de desligar o botão de quando em vez. Passamos muito tempo a olhar ao espelho e a achar que a vida está a passar demasiado rápido, mas esse mesmo tempo que perdemos a olhar ao espelho, poderia ser ganho se pensássemos que a vida, de facto, está a passar rápido, mas que a estamos a fazer render ao máximo. Os problemas e as rotinas consomem-nos, mas só porque os olhamos de uma maneira pejorativa sem que os queiramos perceber. Daí a tal espiral de descontentamento.


A camisa foi amor à primeira vista. A cor, o corte numa utilitary vibe, a textura. Lamentável o tecido não ser tão bom quanto isso. É meia estação, assim mais grossinha e vou adorar usá-la por baixo do meu casaco de pêlo (risos). Os bolsos, confesso, foram a razão pela qual eu a quis. Não que lhes vá dar grande uso - porque não acontece -, mas pela estrutura e por crer que são os detalhes que, em qualquer que seja a peça, fazem a diferença.


"Ah! Vá, relaxa!", tudo vai dar certo. E, não dando, a gente dá a volta. Este podia ser o pensamento com que deveríamos acordar todas as manhãs ou no qual nos deveríamos focar assim que nos deitamos. O dia seguinte é sempre mais um dia. É o dia. Pode ser aquele em que nos predispomos a viver mais, a dar mais, a querer mais. Pode ser o dia da resolução daquele problema que nos te vindo a consumir. Pode ser o dia em que nos damos de caras com uma descoberta bonita, por estarmos com os olhos demasiado abertos à vida. E é tão importante estar com eles alerta! Tão, tão!


Vamos focar só nas botas, ok?! Até porque os restantes acessórios já conhecem de outras andanças. Vi-as numa das lojas vintage que mais frequento, na Calçada do Carmo, em Lisboa. A primeira vez que as vi estava com pressa. Fiquei a pensar nelas durante duas semanas. Voltei, tempos depois e ainda lá estavam. Andava surtado por umas texanas e já havia procurado em tudo quanto era sítio. Primeiro perguntei o tamanho e só depois de as calçar e de me apaixonar por elas é que perguntei o preço. Não hesitei em comprá-las por uns módicos 40€. Nada caras para o facto de serem de pele e estarem imaculadas. É por isto que refiro - all the time -, que vale muito a pena apostar no slow fashion.


Então relaxemos e encaremos a vida com um sorriso. É necessário viver mais, fazer mais, ir mais. É necessário pensar num amanhã com mais cor, com mais vida e com mais entusiasmo. É necessário ligarmo-nos às pessoas mas também é fundamental termos os pés bem assentes no chão. É necessário olharmos ao espelho, todos os dias, e apostar num "Ah! Vá, relaxa!", porque, assim sendo, tudo vai correr bem. 

Boa semana para todos!

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